Marco Antônio de Morais Alcantara
#Cidades #EconomiaUrbana
As cidades têm, de modo geral, algum tipo de vocação, como: de comércio, de prestação de serviços, administrativa, de serviços de saúde, industrial, de educação, formação técnica, lazer, e outras que possam ser consideradas.
A cidade não é auto suficiente,
por isso ela tem uma relação com as demais cidades vizinhas.
Singer (1981) diferencia as cidades
conforme o seu porte. Neste sentido podemos imaginar:
A
cidade pequena de modo geral é marcada pela produção e comércio de produtos
agrícolas e veterinários, pela presença escolas de ensino básico, havendo ainda
hospitais, igrejas, serviços corriqueiros de segurança.
A
cidade média é marcada pela presença já de um comércio atacadista e de varejo,
escolas de ensino básico e profissionalizantes, hospitais regionais, organizações
militares (eventualmente), bancos com as suas sedes regionais, e outros.
A
cidade metropolitana pode contar com o comércio geral, shoppings com produtos
de grife e especializado, escolas e universidades, hospitais especializados,
aeroportos, bancos e grandes instituições financeiras, instituições culturais,
museus, e grandes indústrias.
A Figura 1 ilustra a rede urbana e a hierarquia de cidades. A partir dela pode-se
imaginar a transferência de recursos básicos das cidades de menor porte para a
de maior porte.
A
exportação de produtos especializados da região metropolitana para o interior. A
região metropolitana como a região de maior consumo.
A
região metropolitana como a região de maior acesso. A região metropolitana como
a região de maior diversidade de produtos, serviços e pessoas. A região
metropolitana como sendo a que acumula maiores interesses.
Figura 1: Hierarquia das cidades
Como consequência da hierarquia urbana pode se citar:
-
A possível hegemonia das cidades pequenas, em termos de atividade, povo e
cultura.
-a
transferência contínua de bens, riquezas e pessoas do pequeno centro para a
metrópole;
-a
dependência política e econômica da pequena aglomeração com relação aos maiores
centros.
O
desenvolvimento de uma cidade ou região está em que:
-Da
produção de um município: parte consumida no próprio município, e parte
exportada. A partir daí pode-se levantar a questão sobre a capacidade de
exportar e a capacidade de importar;
-município
exportador: possui a tendência à aumentar a renda da população e o consumo.
Este município normalmente atrai migrantes;
-se as exportações diminuem, o
consumo também tende à diminuir, bem como todas as condições de vida;
-se o município é exportador de
produtos de maior valor agregado, a riqueza do município tende a aumentar, com
relação à daqueles que são meros exportadores de insumos.
SINGER, P. Economia política da urbanização. 1981, São Paulo,
Brasiliensis, 153p.
Sobre o autor:Marco Antônio de Morais Alcantara é Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal de São Carlos-BR, com ênfase em Engenharia Urbana (1986); Mestre em Engenharia Civil, área de concentração em Geotecnia, pela Universidade Federal de Viçosa-BR (1995); Master Génie Civil, Matériaux et Structures, pelo Institut National des Sciences Appliquées de Toulouse-FR (2001); Docteur Génie Civil, Matériaux et Structures, pelo Institut National des Sciences Appliquées de Toulouse-FR (2004); e tem pós-doutorado em Estruturas pela Universidade do Porto-PT (2012). É docente da FEIS/UNESP desde 1987.
Sobre o autor:Marco Antônio de Morais Alcantara é Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal de São Carlos-BR, com ênfase em Engenharia Urbana (1986); Mestre em Engenharia Civil, área de concentração em Geotecnia, pela Universidade Federal de Viçosa-BR (1995); Master Génie Civil, Matériaux et Structures, pelo Institut National des Sciences Appliquées de Toulouse-FR (2001); Docteur Génie Civil, Matériaux et Structures, pelo Institut National des Sciences Appliquées de Toulouse-FR (2004); e tem pós-doutorado em Estruturas pela Universidade do Porto-PT (2012). É docente da FEIS/UNESP desde 1987.