Nossa geração já nasceu dependente da energia. A conexão em uma fonte de energia é necessária para quase todas as atividades humanas que conhecemos. Para o transporte precisamos de energia; se preferirmos ficar em casa, qualquer atividade que decidirmos fazer irá requerer energia, por exemplo, se formos tomar um banho quente, ou se formos preparar um lanche, ou nos ocuparmos com uma diversão. Se estivermos em um apartamento, e nos entediarmos de ficar em casa, e quisermos sair até uma área de lazer próxima, provavelmente precisaremos de utilizar um elevador. Este artigo procura mostrar a energia que nos é requerida para o dia a dia, assim como os seus contextos de obtenção e de penalizações ao nosso meio.
O contexto do mundo atual para com a energia
A diferença entre a sociedade urbana atual e a sociedade antiga rural não está registrada somente na dependência do uso da energia para a sua funcionalidade e operação, pois mesmo na zona rural se utilizava também de alguma forma de energia, como a partir da queima da madeira para a produção de calor, ou o consumo de querosene para alimentar uma fonte de luz. Então, a diferença entre a sociedade urbana e a sociedade rural está na grande demanda criada nas sociedades urbanas, pelos diversos tipos de aparelhos residenciais que efetuam as tarefas domésticas, com muito maior velocidade e eficiência, nas máquinas operando em fábricas, nos meios de transporte se locomovendo transportando grandes massas, na iluminação pública, e ainda, considera-se que os hábitos mudaram. Isto fez com que se buscassem outras fontes de energia, com maior capacidade de suprimento.
Se antigamente se dormia cedo, e se levantava cedo, hoje pode-se programar em fazer uma atividade no período noturno, estudar, trabalhar, e mesmo não estando fazendo um investimento, pode-se recorrer a uma atividade que provê um bem estar. Tudo isso leva a uma demanda cada vez mais crescente de energia, agravando-se com o estágio de desenvolvimento de uma sociedade ou de um país.
A energia: conceito e problematização
A energia é compreendida como tudo o que produz trabalho, e se aplica a tudo o que funciona na sociedade.
Atualmente, não obstante que se se criaram alguns meios de se produzir mais energia em menos tempo, através da manipulação das diversas formas de matrizes energéticas, e dos diversos sistemas de produção envolvidos, existem preocupações quanto a estas formas de produção de energia, e pode ser subentendido, nestas preocupações, a maneira como o processo está estabelecido, e também, qual é o insumo utilizado para a produção da energia. Ao processo se toma em consideração os possíveis efeitos colaterais, pelos mecanismos envolvidos na forma de transformação, pelos meios de se ter acesso ao insumo desejado; e, quanto ao insumo, se preocupa com a espoliação do recurso natural.
A um tipo de insumo se pode pensar no seu poder calorífico ou energético, no seu custo, no rendimento, e na sua disponibilidade desta forma, de modo que ele pode se tornar competitivo para ser utilizado, contudo, nenhuma forma de energia é capaz de suprir a todas as demandas da sociedade, e por isso um país se serve de diversas modalidades de energia..
Energia utilizada nas cidades
As matrizes energéticas que fornecem energia para as cidades de hoje são constituídas à base de: (i) combustível fóssil, a partir do refino do Petróleo por processo de destilação fracionada; fornece combustíveis como a gasolina, óleo diesel, gás de cozinha, e outros óleos de importância para a indústria; (ii) carvão mineral, utilizado nas usinas termoelétricas; (ii) atômica, através da energia nuclear; (iii) de biomassa, a partir da produção de biocombustíveis; (iv) elétrica, a partir da exploração da transformação da energia potencial em energia cinética e da geração de energia pelo princípio de indução eletromagnética; (v) energia eólica, (vi) energia solar, (vii) da exploração do conteúdo energético de resíduos pela incineração, e (viii) do biogás produzido pelos resíduos de compostagem.
Como exemplos de qual é a forma de utilização de energia, temos que, para o caso dos transportes de massa se recorre ao uso de combustíveis fósseis, ou da eletricidade. Políticas têm sido desenvolvidas para que a utilização de outros tipos de combustíveis, mais ecológicos, sejam aplicados nos transportes de massa. Quanto aos casos de transporte individual, estes historicamente têm sido movidos com combustíveis fósseis, de biomassa, ou associados. Estão sujeitos ao lançamento de gases poluentes na atmosfera, em decorrência da queima destes combustíveis, sendo o problema mais agravado para os casos de maior conteúdo de enxofre e de elementos em composição. Instituições de pesquisa e órgãos públicos têm procurado desenvolver o carro elétrico, que já está sendo implementado.
As indústrias são alimentadas por combustíveis fósseis ou por eletricidade. Da mesma forma, restam as preocupações quanto à queima de combustíveis fósseis; gases e material particulado são despejados para a atmosfera.
Considera-se preocupante, como apresentado, a emissão de gases nocivos à atmosfera, e ainda de partículas., poque estas vêm a acentuar problemas relativos à condição do ar, e à saúde da população. O acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera vem também a acentuar o problema relativo ao efeito estufa.
No caso das habitações, os equipamentos domésticos têm sido movidos à energia elétrica procedente de usinas hidroelétricas, em sua maior parte aqui no Brasil. Recentemente tem sido introduzido os aeradores de energia eólica e os painéis de energia solar; todas elas têm sido consideradas como formas de “energia limpa”. Contudo, no caso da energia por hidroelétricas, se considera a demanda para com a produção de eletricidade e para com a disponibilidade de águas para fins de abastecimento.
Energia para a infraestrutura
Sobre a indústria de suprimento para o setor de infraestrutura, se considera como relevante a indústria cimenteira. Esta se constitui em um setor que requer grande infraestrutura e consumo energético. Grande parte deste consumo é para se fabricar o clínquer, produto do cozimento da argila e da cal. Para isto se despeja uma grande quantidade de dióxido de carbono na natureza. Diante disso, estudos e técnicas têm sido desenvolvidas para a produção de um cimento que requeira menor conteúdo de clínquer na sua fabricação, e se tire vantagens de outros compostos presentes no universo dos resíduos ou rejeitos industriais, os quais podem ser moídos juntamente com o clínquer.
E então…
Pelo que tem sido exposto, do aumento populacional vem o aumento da demanda da energia, como da diversificação de seus hábitos. O desenvolvimento de uma determinada região traz consigo melhores condições de conforto e de segurança, mas, por outro lado, este desenvolvimento não pode penalizar as já precárias condições ambientais a nível global, e mesmo local com a precarização das condições de saúde e de bem estar.
Cabe à sociedade e aos governos estabelecer metas de ação no sentido de minorar os efeitos ambientais, com o uso das melhores matrizes energéticas, assim como a sociedade, em se organizar e reclamar, e difundir o conhecimento sobre a energia e os impactos ambientais.