quinta-feira, 23 de março de 2017

ALGUNS PONTOS SALIENTES DO URBANISTA

Adequação de passeio ao usuário. (Botucatu-SP)


Marco Antônio de Morais Alcantara

#urbanismo


Dificilmente você verá um urbanista preocupado com os seguintes temas:

-Condomínios fechados, sem que se preocupe com o fator segregação;

-desfavelamento, sem que se preocupe com o fator inclusão social;

-verticalização, sem que se considere o aspecto econômico-social da mais valia, ou dos impactos ambientais, e ainda, a discussão pode estar no escopo da densidade ideal na morfologia urbana;

-revitalização urbana, sem atentar que isso seja para o benefício do usuário, em termos de bem estar, conforto ambiental, condições ergonômicas nos espaços, sociabilidade, segurança, higiene, e acessibilidade, de modo que ele seja a prioridade no estudo;

-planejamento de transportes, sem que isso não coloque em primeiro plano o ser humano, a segurança, a acessibilidade, o direito à circulação e ao transito, independente do seu meio de mobilidade, mesmo que seja à pé;

-expansão urbana, sem que isso não esteja sob o controle, de modo a conter o crescimento desordenado, a formação de vazios urbanos, a especulação imobiliária, a ação predatória, e de modo a se promover o acesso ao tecido urbano;

-loteamentos e infraestrutura, sem que isso não tome em considerações os princípios de sustentabilidade, tanto na escolha dos materiais a serem utilizados, como nas tecnologias empregadas e o manejo do meio físico, buscando preservar as nascentes, as áreas verdes, e as encostas;

-áreas de lazer, sem que procure compatibilizar o ambiente construído com a natureza, preservando o que se pode tirar partido dela, e sem induzir à urbanização excessiva, à especulação comercial, assim como aos seus apelos, e à poluição ambiental.  

Nota-se por estes poucos exemplos que não é o homem que é feito para a cidade, mas é a cidade que deve ser construída para o homem