Adequação de passeio ao usuário. (Botucatu-SP)
Marco Antônio de Morais Alcantara
#urbanismo
Dificilmente você verá um urbanista preocupado com os seguintes temas:
-Condomínios fechados, sem que se
preocupe com o fator segregação;
-desfavelamento, sem que se
preocupe com o fator inclusão social;
-verticalização, sem que se considere
o aspecto econômico-social da mais valia, ou dos impactos ambientais, e ainda,
a discussão pode estar no escopo da densidade ideal na morfologia urbana;
-revitalização urbana, sem atentar
que isso seja para o benefício do usuário, em termos de bem estar, conforto
ambiental, condições ergonômicas nos espaços, sociabilidade, segurança,
higiene, e acessibilidade, de modo que ele seja a prioridade no estudo;
-planejamento de transportes, sem
que isso não coloque em primeiro plano o ser humano, a segurança, a
acessibilidade, o direito à circulação e ao transito, independente do seu meio
de mobilidade, mesmo que seja à pé;
-expansão urbana, sem que isso
não esteja sob o controle, de modo a conter o crescimento desordenado, a
formação de vazios urbanos, a especulação imobiliária, a ação predatória, e de
modo a se promover o acesso ao tecido urbano;
-loteamentos e infraestrutura,
sem que isso não tome em considerações os princípios de sustentabilidade, tanto
na escolha dos materiais a serem utilizados, como nas tecnologias empregadas e
o manejo do meio físico, buscando preservar as nascentes, as áreas verdes, e as
encostas;
-áreas de lazer, sem que procure
compatibilizar o ambiente construído com a natureza, preservando o que se pode
tirar partido dela, e sem induzir à urbanização excessiva, à especulação comercial,
assim como aos seus apelos, e à poluição ambiental.
Nota-se por estes poucos exemplos que não é o homem que é feito para a cidade, mas é a cidade que deve ser construída para o homem