Este artigo procura discutir sobre a energia, em termos de sua demanda histórica, complexidades e transformação social, fontes de aquisição, eficiência ou rendimento, impactos ambientais decorrentes da sua transformação e aquisição de insumos, e apresentar as tendências atuais para com as inovações recentes, bem como as tendências que norteiam a sustentabilidade.
Um mundo cada vez mais faminto de energia
Tudo o que fazemos aqui depende da energia. Neste sentido, torna-se importante a sua disponibilidade.
Podemos, então considera: as formas disponíveis que temos, a sua demanda, e o modo pelo qual a apropriamos.
Para tanto, se faz necessário realizar uma retrospectiva histórica, em termos das necessidades humansa a cada época, as formas de energia que se mostraram disponíveis, e tudo isto, tomando-se em conta também as modificações na complexidade das coisas que eram produzidas, com consequentes influências, sobre a crescente necessidade de apropriação de mais energia.
Não somente o processos de transformação industrial se modificaram, como também, a vida urbana, que, aliás, surgiu exatamente deste processo de revolução industrial. itens como a iluminação pública e residencial, transporte, funcionamento de aparelhos domésticos e industriais , entre outros, passaram a compor a demanda de energia da sociedade urbana; ademais, mesmo a sociedade rural hoje deve ser vista sob outra ótica. A vida no campo tende a ser repleta de serviços. Inclusive, o campo tem sido hoje uma empresa, a do agronegócio.
Devis e Masten (2016) apresentam uma sequência de modalidades para a obtenção da energia, citando que até 300 anos atrás, toda demanda mundial de enegia era atendida pelo trabalho humano, animal, hidráulico e eólico, além da combustão da madeira e de outros combustíveis orgânicos, à base da biomassa.
Com a chegada da revolução industrial, no final do século XVIII, além da energia hidráulica, se recorreu ao uso do carvão mineral. Ainda, no século XX, este foi remarcado pelo uso de combustíveis fósseis, a base de petróleo.
Estudo procuram associar as diferentes fase da revolução industrial, desde o seu início na Europa, com a maneira de se apropriar da energia, até os presentes dias, destacando-se o uso da máquina a vapor, do carvão mineral, da eletricidade, e de outras formas mais recentes, como a energia nuclear.
Algumas preocupações para com os tempos recentes, e as demandas de energia
Algumas preocupações surgem diante deste processo de evolução tecnológica, impacto na sociedade com nova configuração, e o aumento progressivo da demanda. As sociedades vêm em crescentes complexidades, e requerem gradativamente maior consumo de energia.
Uma deestas preocupações, em decorrência deste ciclo dinâmico, é sobre a disponibilidade de energia para o consumo à longo tempo. Segundo Davis e Masten (2016), os Estados Unidos , em 2006, produziu em torno de 21% do total de energia à nível mundial, todavia, também consumiram 26% desta energia produzida a nível mundial. Segundo os autores, 37% do consumo interno foi para limentar os sistemas de transporte.
Reservas minerais e de combustíveis fósseis têm sido estimadas, quanto ás suas disponibilidades para consumo.
Uma outra preocupação é que: O fato de se ter que buscar mais energia em si, pode ser realçado pela forma que uma fonte de energia dará a sua disponibilização. As formas de energia devem ser transformadas em formas úteis, traduzidas por exemplo como eletricidade e calor. Existe os meios de transformação para cada caso, e os rendimentos associados. A eficácia de uma fonte energia em comparação com uma outra pode variar bastante, e isto implicar nos aspectos de custos e benefícios.
Existe então uma seletividade quanto ás formas de de transformação e apropriação de energia, para uma sociedade. Isto poderá variar conforme o contexto de um país, ou região.
Podemos também questionar os processos de apropriação de energia. Dentre os tópicos relacionados podemos destacar os aspectos de apropriação dos insumos, se eles são renováveis ou não, assim como, os aspectos da conversão e transformação.
Dentre as fontes não renováveis, podem ser considerados os casos do carvão mineral, e dos combustíveis fósseis. Com relação aos processos de conversão de energia, pode-se considerar o caso do carvão mineral, o qual tem que ser ativado por uma fonte calorífica, apropriar-se de sua energia térmica aquecendo-se água, com a transformação da energia em energia elétrica. A água, após ter cumprida o sal função, se lançada em mananciais poderá poluí-los, tornado modificada as condições da sobrevivência da fauna aquática.
Da qeuima da madeira, temos a formação de gases, que se propagam para a atmosfera, enriquecendo-a com o gás carbônico, e contribuindo para o efeito estufa. A utilização de carvão ou de combustíveis fósseis também implicam na emissão de gases.
Aspectos de avaliação social acerca das formas atuais de apropriação de energia
Diante destas preocupações apontadas, uma seletividade tem sido despontada na sociedade, sobretudo quanto aos critérios referentes à forma de apropriação de energia, e dos impactos, principalmente no sentido de não se inviabilizar a sociedade humana.
Um dos critérios adotados é o da disponibilidade dos insumos à longo prazo. Como dito, conforme a fonte, se term classificado as formas de produção de energia como em “energia renovável”, e em “energia não renovável”. Também, as formas de energia que tragam menos impactos ao ambiente têm sido chamadas de “energia limpa”.
A energia procedente da usina hidroelétrica é considerada com um caso de energia limpa, além de renovável, contudo, observa-se uma preocupação com os impactos causados pelos alagamentos, influenciando no sentido desfavorável, eliminando paisagens, flora e fauna. Compensações costuma ser feitas pela inundação de áreas de regiões agrícolas ou similares.
Ainda, a energia obtida por usina hidroelétrica se torna dependente dos recursos hídricos, em termos do aproveitamento e a disponibilidade da aágua.
A energia obtida de usinas termoelétrica são dependentes dos processos tpermicos, e podem produzir mais impactos ambientais.
Em países que não dispõem de potencial hidroelétrico, ou de insumos abundantes, têm se utilizado da energia nuclear. Este tipo de processo apresenta um grande rendimento. Preocupações ambientais e de segurança têm sido acenadas com possibilidades de vazamentos.
As formas de mitigação para com o uso e a produção de energia
Os países possuem de modo geral uma matriz de energia. Contudo, grandes preocupações têm surgido com as formas e impactos resultantes das formas usuais de produção de energia pelas quais a sociedade se pautou ao longo dos últimos séculos, desde a revolução industrial.
Modificações têm surgido no clima, na paisagem, na fauna e na flora, e, sobretudo, na disponibilidade de insumos e na continuidade da sociedade, como à temos vivido nos últimos tempos.
Novos meios de produção de energia têm surgido e têm tido a sua viabilidade técnica e econômica para a popularização. Dentre elas pode se destacar a energia ativada pela radiação solar. Conta-se já com um grande contingente de usuários. O Brasil apresenta regiões que recebem uma grande carga de radiação solar.
Um outro meio é o da energia eólica. Neste caso, regiões devem ser selecionadas, onde exista a predominância de vento. Considerando o porte dos empreendimentos, este sistema tem sido limitado à empresas, capacitadas de dotar infraestrutura, e que possam atender à demanda de uma determinada região.
Quanto aos casos dos combustíveis fósseis, têm-se que, a matriz de combustíveis tem se modificado, procurando-se explorar a biomassa na produção destes combustíveis. Contudo, as decisões nos campos políticos e econômicos para este assunto podem sofrer influência de contingências dos aspectos geoeconômicos.
Outras forma de energia têm sido desenvolvidas em laboratório, como a do aproveitamento energético do hidrogênio. Esta forma aparenta ter um grande rendimento.
Uma discussão que tem sido aventada dentro do contexto ambiental é a do aproveitamento dos resíduos sólidos para o fornecimento de energia, assim como, do aproveitamento dos gases que são disponibilizados em aterros sanitários.
Novas maneiras de se atuar na sociedade e que tem ligações com o contexto energético
Podemos falar da “engenharia verde”, a qual procura explorar os produtos desde à concepção, projeto, até as fases de produção, utilização e descarte.
Neste sentido tem-se falado em motores que tenham maior rendimento, e ainda que as matrizes energéticas sejam de energias limpas. Também, se consideram casos de aviões que demandam um menor consumo de combustível, com maior autosuficiência, e isto pode implicar não somente no sistema mecânico, mas também no uso de materiais mais leves, e de configuração de projeto.
Na cidade, sistemas de iluminação têm sido adotado mais recentemente, como menor consumo energéticos e maior eficiência em termos de luminosidade. Nas habitações, se advoga hoje o uso de “edifícios inteligentes”, dotando-os de mecanismos que reduzam o desperdício, e ainda nas edificações, se procura adotar projetos e materiais que impliquem em maior eficiência energética, reduzindo os custos de calafetagem no inverno, ou de climatização através de condicionadores de ar no verão.
Ainda, pode-se falar dos protocolos da indústria, quando buscam fontes renováveis. Um exemplo é o da indústria cerâmica, a qual tem substituído o uso de madeira por biomassa para se produzir a queima.
Do ponto de vista ambiental, os hábitos de reutillização de materiais, ou de reciclagem, pode fazer diminuir a demanda de energia, quando aproveitada aquela, ou parte dela, que foi já utilizada na sua fabricação.
Este é o mundo para o qual caminhamos.
Referências